A voz ao longe, ressaltada pela presença...
Começou...
A aura translúcida entre o novo comando
E a primeira transformação.
O corpo ambiente,
Ambiente labirinto,
Labirinto descoberto...
Você, eu.
As lagrimas rolaram desde então,
A velhice tomando conta,
A saudade, angustia,
Ternura, lembranças...
Aquilo adentrava por cada poro,
Pela víscera,
Pelos olhos... consciência...
As curvas pesadas davam náusea,
A profundidade no estomago vazio,
Os olhos penetrantes, introspectivos,
Solidão...
A dificuldade pareceu pequena diante a poética,
A poesia do que se foi,
Do que é agora
E do que ainda vai embora – eu...
Arrepios se espalhavam pêlo a pêlo,
A dança com sua própria energia
Estimulava ainda mais a tempestade
Derramada na face...
Transformar, voltar a ser...
Como se um turbilhão se chocasse com o futuro
Estilhaçassem fagulhas do passado,
Desvendasse as novas curvas,
Arredondadas dos dedos ao fio de cabelo, suave,
Sensual, vivo... pronto para atacar e ser consumido...
O som movimenta os órgãos,
Pulsando o olhar ao fundo dos desejos,
O novo labirinto agora é de possibilidades,
Encontros e desencontros marcados pelo corpo,
Em letras, poesia escrita no corpo
Retrogrado em metamorfose...
Rolando pelo chão, pelos órgãos,
Medo, insensatez, insanidade...
Banhada pelo estar e não estar sob controle.
A luz entremeia os impulsos que antes choramingavam,
Era a nova perspectiva de reconhecer,
Reconhecer-se e perder-se novamente...
Papéis com fragmentos de memórias,
Memórias da outra, de prováveis “eu”s.
O choque não cede,
A infância, poluição sonora,
Pigarros, crenças descrentes com o tempo,
Anedotas e alegorias formando um espelho,
Vejo, vejo-me...
Integrado no arranjo dos cabelos,
Na mão movida pela automação,
Saturada e desprendida,
Pelo impulso de fora,
Reverberado pela informação,
Com poucas chances de experimentação...
Fases de uma vida,
Energias de uma memória,
A transparência da outra (do outro),
Mais uma vez preenchendo-me a alma,
Estimulando minha presença
E retribuindo com a chance de poder enxergar,
Desfrutar para além do olhar carnal,
Crítico, especulativo...
Desfrutar para alem de dimensões verbalizadas...
Desfrutar entre linhas de uma outra vida,
Que se choca com outras e mais outras...
Chamadas VOCÊ.
20/outubro/2009
*compartilhar com vocês um pouquinho do que senti...
beijosss
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