domingo, 27 de setembro de 2009

Fagulhas de um todo

Arrepios...Sim! Muitos arrepios...
Os olhos brilham para os ancestrais,
Para a real experiência vivida
Por sua energia em algum tempo...
Lavras e louvores,
O desejo fluente de dançar,
Flutuar ao som da percussão,
Refugiar entre galhos,
Ouvir os pássaros,

Chamar o boto,
Cair na água fria,
Sonhar com rastro de cobra,
Apostar com onça-pintada...

Música - a natureza em coro,
Eu, uma participação singela
Perante a Mãe, perante sua melodia...
O perfume de flores,
De bichos do mato,
Suor da caça, da pesca,
Do amor feito na rede,
Da doce criança vinda à vida!

Choque!!!

Ver o passado,
Ser o passado,
Destruir o passado!
Realidade ensanguentada de uns,
Desculpas esfarrapadas de outros,
Em um tempo curto
Informações diferentes,
Mas de tão diferentes são tão iguais...
O negro, o índio, o branco... o Eu!
Sofreram, fizeram sofrer...
Calaram, sufocaram o silêncio...
Lutaram, perderam-se em guerra...
No desafio de ser humano
Nos perdemos, nos achamos,
Duvidamos do que somos,
Permeamos em desculpas...
Em vitrines,
Em costumes,
Circulamos em energia,
Energia de todos,
De um,
De ninguém...
Do que queremos,
Imaginamos,
Da fagulha que somos,
Do universo de quem somos...
Ser...
Fazer parte do Ser.

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